Para quem me segue no Instagram, já não é novidade, que eu estou a viver em Macau. Mas como muitas pessoas me têm perguntado sobre a minha experiência aqui, se estou a gostar, hoje é o dia de falar sobre isso!
Eu tive uma proposta profissional para vir trabalhar para Macau e decidi arriscar, experimentar. Como é óbvio, foi e é uma grande mudança. Mudar de emprego, mudar de casa, mudar de país, mudar de continente. Segundo o que todos me dizem, Macau, no primeiro impacto, ou se adora, ou se detesta, não há meio termo. E eu, felizmente, estou a adorar!
Macau, além do cantonês, tem ainda o português como língua oficial. Por isso, os nomes da rua estão também em português, os autocarros mencionam as paragens em português e sempre que vamos a algum departamento oficial podemos pedir documentação em português. Só não podemos esperar é que falem connosco em português, porque isso não vai acontecer. 🙂 O português apesar de ser língua oficial, não é falado nas ruas, excepto pelos portugueses, alguns brasileiros que residem também aqui e macaenses. A maioria da população fala cantonês. Nem toda a população fala inglês, o que torna, por vezes, a comunicação muito difícil, ou quase impossível. Muito, mas muito engraçado, é quando falam comigo naturalmente em cantonês, sem pensar 2x que eu falo a língua. Muito engraçado mesmo! 🙂
Algo que facilitou imenso a minha adaptação aqui é o facto de existirem imensos produtos portugueses alimentares. É muito fácil encontrar no supermercado marcas portuguesas e como a maioria das vezes, cozinho em casa, não tive que alterar a minha alimentação. E isso torna a transição muito mais suave. Para além disso, adoro a comida cantonense, dim sum, e tenho tido oportunidade de conhecer melhor os diferentes tipos de cozinha asiática.
Gosto muito dos prédios altos, das luzes que vejo à noite da minha janela no 20º andar, de passear pela cidade e entrar nas lojinhas, da iluminação dos hotéis e do frenesim nas ruas à noite. Gosto de passear nos shoppings, que aqui são dentro de hotéis e quase que só têm marcas de luxo, como a Chanel, Dior, Prada, D&G, Hèrmes, etc. Gosto dos templos budistas e da mistura entre o novo e o antigo, o oriental e o ocidental, reminescente do facto de ter sido uma colónia portuguesa.
[Vou dividir este tema e vou falar do que eu acho mais diferente, do que ando a fazer por aqui, etc, mas para não tornar o assunto demasiado maçador, vou dividir o artigo em vários. Quem tiver perguntas, é só fazer, tenho muito gosto em responder!]