Ser saudável e tentar ser saudável é excelente, com tudo o que isso engloba, exercício, alimentação. Infelizmente, cada vez mais existe uma obsessão por ser-se saudável. E tudo o que é obsessivo, não é [pasmem-se!] saudável.
Uma alimentação equilibrada. Exercício físico regular. É algo que só nos pode fazer bem, certo? Desde que não seja uma paranóia. Mas cada vez mais, muitos de nós não pensam em mais nada que no ginásio e nas marmitas. Para alguns, a primeira coisa a fazer nas férias num sítio novo, é ir a correr ao supermercado, comprar exactamente os mesmos alimentos que comem durante todo o ano. E isso, não é saudável. E o que torna tudo isto menos saudável? Influenciar as outras pessoas a fazer exactamente o mesmo. E isso passa pelos profissionais de saúde que pela forma como comunicam a alimentação, muitas vezes, tornam o comum dos mortais culpado pelas suas escolhas alimentares. E cada vez mais existem mais casos de distúrbios alimentares relacionados com a forma como lidamos com a comida. E não, não temos todos de cortar o glúten da alimentação. E sim, podemos cozinhar sem óleo de coco. Andamos todos a comer o mesmo, mas somos realmente mais saudáveis? E mais importante, somos mais felizes?
Ser saudável passa [e muito!] pela nossa saúde mental. E isso engloba não dar carga negativa a alimentos. Não associar sentimentos de culpa à comida. E fundamentalmente, não viver para comer saudável. E não passar a vida a pensar em comida! Comer saudável para viver bem, isso sim. E isso engloba saber abrir excepções e ser equilibrado. Saber que há dias em que a alimentação não está totalmente no nosso controlo, mas não é por aí que vem algum mal ao mundo. Saber aproveitar novos lugares, conhecer novas comidas e saborear o que a vida nos traz. E é possível fazer isso de uma forma saudável. E sem culpas.
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